Conceição Evaristo: “Eu queria perceber onde os homens escondem as suas dores”
É uma das vozes “mais expressivas da literatura afro-brasileira contemporânea”. Olhos D’Água, prémio Jabuti em 2015, e Canção Para Ninar Menino Grande marcam a sua estreia em Portugal.
“Foi uma longa trajectória para conseguir publicar no Brasil”, lembra Conceição Evaristo, ao Ípsilon, em Óbidos, onde foi uma das convidadas do Folio - Festival Literário Internacional de Óbidos. “Há muito tempo, talvez uns 20 anos, a escritora Maria Teresa Horta leu Ponciá Vicêncio e ficou muito impressionada”, recorda a escritora, que nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, onde cresceu na favela, e vive no Rio de Janeiro, onde estudou, trabalhou como empregada doméstica e também se doutorou com uma tese que faz uma análise comparativa de textos de Nei Lopes, Edimilson Almeida Pereira (brasileiros) e de Agostinho Neto (angolano).
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