Uma nova fase da difícil relação entre o país e as denúncias #MeToo

Em 2021, pediam-se nomes. Em 2024, eles vieram — de denunciantes e de acusados, da academia às artes. Partidos estão a estudar medidas, instituições de ensino estão sob escrutínio.

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Liliana Cunha, a primeira denunciante do #MeToo no jazz português Nelson Garrido
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Em 2024, Portugal terá atingido um novo patamar no combate ao assédio e outras formas de violência sexual? Pode ter começado uma nova fase da difícil relação entre o país e as suas vítimas — quase todos os grupos parlamentares estão em diálogo com Liliana Cunha, a DJ que pôs o termo “stealthing” como forma de violação na ordem do dia, para tentar mudanças no Código Penal, e uma petição pública irá à Assembleia da República para discutir o assunto. O tribunal negou o pedido provisório do investigador Boaventura de Sousa Santos que impediria as suas denunciantes de falar publicamente. “Tenho esperança que alguma coisa se vá conseguir em termos de mudança social”, diz cautelosamente a investigadora Júlia Garraio. Liliana Cunha, cuja acusação contra o pianista João Pedro Coelho deu novo fôlego à discussão sobre a violência sexual em Portugal, concorda que só mais tarde se verão os efeitos de 2024, mas postula que em Portugal “existe #MeToo”.

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