Alguém ofereça à PSP uns livros de História, se faz favor

Actuar daquela forma como estratégia de “prevenção criminal”, para – cito a PSP – “alavancar a segurança e tranquilidade pública da população residente e flutuante”, já é do domínio do delírio.

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Convém ser muito claro: não quero viver num país em que dezenas e dezenas de pessoas insuspeitas de terem praticado qualquer crime são mandadas parar pela polícia, obrigadas a encostar o nariz às paredes de uma rua estreita e a colocar as mãos no ar, para depois serem revistadas por agentes armados e vestidos com roupa de choque. Não quero ver as fotos que vi da Rua do Benformoso, desde logo porque a História conta, e há uma memória do século XX em que este género de imagens está relacionado com o mal absoluto, o que faz com que a humilhação concreta daquelas pessoas, quase todas imigrantes e pertencentes a minorias étnicas, adquira uma dimensão de violência simbólica que deve ser denunciada por todos, da esquerda à direita.

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