Sete golos, guarda-redes desastrados e United fora da Taça da Liga

Tottenham apura-se para as meias-finais, numa noite para esquecer de ambos os guarda-redes. Ruben Amorim correu sempre atrás do resultado.

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Matthew Childs / ACTION IMAGES VIA REUTERS
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O Arsenal, o Newcastle, o Liverpool e o Tottenham, serão estes os protagonistas das meias-finais da Taça da Liga inglesa 2024-25. Deste rol, não consta o Manchester United, porque nesta quinta-feira a equipa comandada por Ruben Amorim não foi capaz de se impor no recinto do “spurs” (4-3) e disse adeus à competição.

O conto de fadas que foram os últimos largos meses de Amorim ao leme do Sporting está a ser abruptamente transformado num quebra-cabeças. Era evidente para todos os que acompanham o futebol que o nível de exigência ia subir — e muito —, mas também era grande a expectativa de que a chegada do treinador português pudesse ter um impacto imediato num Manchester United que tarda em recompor-se.

No imponente Tottenham Stadium os dissabores começaram logo aos 15’, quando Solanke aproveitou uma defesa incompleta de Altay Bayindir para inaugurar o marcador, na sequência de um livre indirecto. O guarda-redes turco foi uma das cinco alterações que Amorim promoveu face ao embate com o City, sendo que outra delas também não foi feliz — Victor Lindelof saiu no final da primeira parte com uma lesão, abrindo as portas ao veterano Jonny Evans.

O United, no 3x4x2x1 tradicional do técnico português, teve momentos positivos no primeiro tempo e procurou muitas vezes arrastar o Tottenham para o corredor esquerdo para depois solicitar uma acção de finalização no poste contrário. Mas os passes apurados de Bruno Fernandes acabaram por não ter o melhor seguimento, fossem na direcção de Eriksen ou de Mazraoui.

Estava tudo em aberto para o segundo tempo. O Tottenham tinha bloqueado o jogo interior do adversário, obrigando-o a jogar por fora, mas não estava a construir muito com bola. Só que uma reentrada em cena totalmente desastrada dos “red devils” empurrou o rival para a vitória: Kulusevski aproveitou um mau alívio na área para rematar sem oposição, após um primeiro desequilíbrio criado por Son.

Ainda o United não estava refeito do golpe e já o terceiro golo surgia na calha. Bola na profundidade, aproveitando o bloco alto de Amorim, Solanke embalou, puxou para dentro e, perante a inoperância da transição dos visitantes, fez o 3-0.

Amorim recorreu ao banco e, de uma assentada, lançou Mainoo, Diallo e Zirkzee, para colher os frutos pouco depois. Por mérito próprio? Naturalmente, porque teve a ousadia de subir linhas e correr mais riscos. Mas também com uma ajuda preciosa de Fraser Forster, que aos 63’ errou um passe na tentativa de construção a partir de trás (Bruno Fernandes interceptou a bola e fez a assistência) e aos 70’ demorou uma eternidade a afastar a bola e permitiu a chegada vitoriosa de Diallo, de carrinho.

O United ganhava fôlego e algum ascendente com bola e foi semeando a dúvida nos “spurs”. Mas, numa noite de desacerto nas balizas, um canto directo de Son tirou partido da apatia de Bayindir para inclinar mais a balança, antes de Jonny Evans (também após canto) fechar as contas na diferença mínima.

São agora oito os jogos de Ruben Amorim aos comandos do United, com quatro vitórias, um empate e três derrotas. Há sinais de mudança, a todos os níveis, mas ainda não são suficientes para devolver a estabilidade de rendimento de que vive um candidato aos títulos.

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