Como relaxar

É na Estação de Cucujães que começamos as nossas notas de lazer. O agora Albergue do Apeadeiro promete uma pausa de traça clássica e elegante a todos os que andam nos caminhos da fé. "Não é um hotel cinco estrelas, mas é um albergue cinco estrelas", garantem, com tudo a que a cartilha de essencial dá direito.

No interior algarvio temos o Viceroy at Ombria, um empreendimento que quer estar longe da confusão das praias e ser uma aldeia, com todo o sentido comunitário que lhe está na essência.

Para estar a par da hotelaria de luxo, saiba que já saiu o guia da Condé Nast Johansens com a colheita de 2025 e que, claro, há portugueses na lista.

Na bolsa de valores da quadra, importa considerar estas dicas sobre presentes perfeitos e escolher caminhos em vez de atalhos.

Por onde andar

Casinhas de madeira alinhadas e iluminadas, uma árvore de Natal gigante e todo um cenário que nos remete para uma época festiva fria e cheia de figuras como os elfos ou as fadas. É nestes preparos que Budapeste dá cartas como um dos melhores mercados natalícios da Europa, mas desengane-se quem pensa que é só isto, pois há muito mais para conhecer na capital húngara.

Por terras de Portugal, haja Cabeça para celebrar o Natal à boa maneira da serra da Estrela – que até poderá vir com o bónus de uma visita à estância de esqui, assim o tempo o permita –, passeios pelo Douro num comboio a vapor e aplausos à Figueira dos Amores de Coimbra, eleita Árvore do Ano em Portugal.

Nos palcos, entre outras cenas importantes, temos a "avalanche ética, moral e religiosa" d’A Médica de Ricardo Neves-Neves.

*** No sapatinho dos estimados leitores, cortesia da Yellow Star Company, deixamos bilhetes duplos para os espectáculos A Noite (dia 20, às 21h, no Centro Cultural Malaposta, em Odivelas) e Madagáscar, Uma Aventura Musical (dia 23, às 18h, na Academia de Artes do Estoril, Edifício Cruzeiro). Para se habilitar a ganhar, basta enviar um email para passatemposlazer@publico.pt, com indicação da sessão que pretende. Boa sorte! ***

O que comer

Lareira acesa, panela de ferro pronta para receber as batatas e couves, e ao lado um alguidar com massa a levedar. Nas contas serranas, assim se pinta o verdadeiro postal de Natal, que sabe mais à penca de Mirandela, à filhó espichada da Pampilhosa e à bola parda da Guarda, coisas para comer até à última migalha.

Noutras tradições, diz que nada bate o pastel de Belém, que voltou a ser eleito o melhor do mundo nos prémios do TasteAtlas.

Mais uma sugestão para o roteiro dos comensais: Lisboa tem uma nova residente italiana. Chama-se Sophia e trouxe pizzas.

O que beber

Consultório de vinhos, bom dia, em que posso ser útil? Esta semana, e para mostrar que a beber também se aprende, há consulta marcada com o podcast que nos explica de onde vem a mineralidade do vinho verde.

Os estudiosos podem ainda lançar-se ao Guia de Vinhos de Luís Gradíssimo, que passa em revista todas as regiões de Portugal, a começar pela Madeira e Porto Santo, ou espreitar esta garrafeira de Braga que, acima de tudo, é um lugar de partilha de conhecimento.

Manuel Carvalho apresenta-nos um vinho com alma, que dá provas de um "lado do Douro mais musculoso e austero".

O que ver

A chegada dos Beatles à América reencontrada em Beatles ‘64, a "história oficial" de Elton John contada em Never Too Late, a onda de espionagem alimentada por Black Doves e a loucura do mundo real ficcionada em Aqueles Que Ouvem. Estes são os títulos em destaque na grelha televisiva.

Aos cinemas chegam Tudo o Que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia – considerado o melhor filme de 2024 para a revista britânica Sight and Sound – e Mufasa: O Rei Leão, a prequela do oscarizado filme de animação.

Por falar em Óscares, é oficial: na corrida às estatuetas douradas, há Percebes do Algarve.

O que ler

Cheio de informação útil e interessante e "tremendamente divertido", o novo livro de Mark Forsyth conta uma Breve História da Bebedeira.

Dos baús de memórias vêm também fotografias Contra o Esquecimento de uma família da Palestina, um retrato de Silva Monteiro e a Poesia Quase Toda de Zbigniew Herbert.

É um facto que os portugueses lêem pouco, mas enquanto há linhas há esperança: parece que o mercado está em crescimento e a culpa será dos jovens e do TikTok. Para aquecer o hábito da leitura na petizada, venha O Sétimo Sol.

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