Novo ataque russo em grande escala atinge energia da Ucrânia

Kiev acusa o Kremlin de ter lançado o 11º ataque ao sistema energético da Ucrânia este ano com recurso a mísseis e drones. Ministro fala de um “ataque maciço” ao sector. Explosões em Odesa.

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As autoridades locais relataram múltiplas explosões na cidade de Odesa, no sul do país, e as autoridades regionais de Kiev afirmaram que os sistemas de defesa aérea estavam a funcionar Alina Smutko / REUTERS
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A Rússia lançou um ataque em grande escala contra as infra-estruturas de energia da Ucrânia na manhã de sexta-feira, 13 de Dezembro, disse o ministro ucraniano da Energia, German Galushchenko. “O inimigo continua o seu terror. Mais uma vez, o sector da energia em toda a Ucrânia está sob ataque maciço”, escreveu Galushchenko numa publicação no Facebook.

Em Kiev, a população está refugiada nas estações de metro. De acordo com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cerca de 200 drones e 93 mísseis foram detectados nos céus ucranianos durante as últimas horas. Oitenta e um (81) mísseis foram abatidos, 11 dos quais por caças F-16 cedidos à Ucrânia por países ocidentais, adiantou o chefe de Estado, sem revelar a origem dos aviões.

Toda a Ucrânia estava sob alerta de ataques aéreos esta manhã por causa do ataque com dezenas de mísseis e drones. De acordo com o operador da rede nacional Ukrenergo, o ataque desta sexta-feira provocou restrições adicionais à utilização de energia por parte dos consumidores. Este é o 11º ataque russo ao sistema energético da Ucrânia este ano. Os anteriores causaram danos generalizados e longos cortes de electricidade em todo o país.

As autoridades locais relataram múltiplas explosões na cidade de Odesa, no sul do país, e as autoridades regionais de Kiev afirmaram que os sistemas de defesa aérea estavam a funcionar. O número de drones e mísseis envolvidos no ataque desta sexta-feira, um dos maiores de sempre, é semelhante ao registado no último ataque da mesma natureza, a 28 de Novembro, em que um milhão de famílias ficaram sem energia.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha, apelou aos seus parceiros para que fornecessem urgentemente mais sistemas de defesa aérea. “A Rússia pretende privar-nos de energia. Em vez disso, temos de a privar dos meios de terror. Reitero o meu apelo à entrega urgente de 20 sistemas de defesa aérea NASAMS, HAWK ou IRIS-T”, escreveu Sybiha numa publicação no X.

A governadora Svitlana Onyshchuk considerou que a região de Ivano-Frankivsk sofreu o "ataque mais maciço durante a guerra em grande escala". Algumas infra-estruturas em Lviv e a zona de Ternopil foram atingidas. Pelo menos por enquanto, não há registo de vítimas mortais resultantes do ataque. De acordo com as autoridades da região de Ternopil, que publicaram um ponto de situação no Telegram, "as instalações de infra-estruturas mais importantes estão a funcionar normalmente", embora metade dos residentes esteja sem energia.