O combate à pobreza como escolha política

Combater a pobreza não torna apenas as sociedades mais humanas. É também um motivo para as pessoas acreditarem que a democracia continua a ter razões para existir.

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Quando analisamos a evolução da pobreza em Portugal, surgem dois elementos de sinal contrário. Por um lado, a sua redução tem sido assinalável: nos últimos 30 anos, a taxa de risco de pobreza desceu de 23% para 16,6%, aproximando Portugal da média da UE. Este progresso explica-se, em larga medida, pela adopção de várias políticas sociais (como o Complemento Solidário para Idosos), demonstrando que o Estado teve capacidade para intervir e alterar um atraso crónico. Por outro lado, apesar do progresso, cerca de dois milhões de pessoas (1 em cada 5 portugueses) permanecem em risco de pobreza ou exclusão social, mesmo após a aplicação de transferências sociais.

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