Ruben Amorim derrotado em Londres por dois cantos

Manchester United perde com o Arsenal no Emirates por 2-0, naquele que foi o primeiro desaire do português nos “red devils”. City volta às vitórias, Liverpool empata.

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Saliba marcou o segundo golo do Arsenal Matthew Childs / ACTION IMAGES VIA REUTERS
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Mikel Arteta tinha assuntos por resolver com o Sporting e com Rúben Amorim, depois da eliminação há duas épocas na Liga Europa. Há uma semana, na Liga dos Campeões, resolveu o primeiro assunto, ao golear os “leões” em Alvalade por 1-5, nesta quarta-feira, resolveu o assunto com Amorim, com o Arsenal a derrotar o Manchester United por 2-0 em jogo a contar para a Premier League inglesa.

Ao quarto jogo, o técnico português sofreu a sua primeira derrota desde que chegou ao banco dos “red devils”, abatido da mesma forma que os “gunners” já abateram outros nesta época: as bolas paradas.

Ninguém marca tantos golos de canto na Premier League com o Arsenal e, desta vez, nem foi preciso Gabriel Magalhães, o central brasileiro que “roubou” a máscara de Gyökeres para celebrar os seus golos e que costuma ser o principal alvo dos cantos dos “gunners”.

Primeiro, foi Jurrien Timber, que nem é assim tão alto como isso (1,79m), a transformar em golo um canto marcado na perfeição por Declan Rice. Foi como todos os outros cantos do Arsenal: concentração de jogadores no poste mais distante do lado de onde vem a bola, e, desta maneira, conseguem fugir às marcações. Foi o que aconteceu ao neerlandês, que teve espaço para cabecear dentro da pequena área, sem que qualquer jogador do United pudesse fazer alguma coisa.

Depois, aos 72’, novo canto de Declan Rice, toque de Thomas Partey e finalização de Saliba outra vez dentro da pequena área. Ainda houve revisão do VAR para um potencial fora-de-jogo, mas foi tudo legal. E confirmou-se o primeiro desaire do ex-técnico do Sporting desde que chegou aos “red devils”, depois de um empate e duas vitórias.

Para este primeiro embate com uma equipa do topo da tabela, Amorim manteve a confiança nos seus dois compatriotas (Dalot e Bruno Fernandes), apostando desta vez em Hojlund como ponta-de-lança. A verdade é que obrigou o Arsenal a uma primeira parte sem balizas e pode dizer-se que a melhor oportunidade foi do United, um remate de Dalot aos 43’, que passou perto da baliza do Arsenal.

Na segunda parte, vieram os golos feitos em laboratório do Arsenal e o United desapareceu do jogo. Amorim tentou baralhar e voltar a dar, mas nada mudou no Emirates. Raya ainda teve um par de boas defesas na segunda parte para manter a sua baliza a zeros.

City recupera um bocadinho

Depois de sete jogos sem vencer, uma crise nunca vista com Pep Guardiola, o Manchester City voltou às vitórias e, de caminho, recuperou um bocadinho para o Liverpool no topo da Premier League. Ao mesmo tempo que os "reds" deixavam fugir a vitória em St. James Park (empate 3-3 com o Newcastle), os "azuis" de Manchester receberam e bateram tranquilamente o Nottingham Forest de Nuno Espírito Santo por 3-0.

O belga Kevin de Bruyne foi a grande figura do City, com um golo e uma assistência. Primeiro, foi dele o cabeceamento para colocar Bernardo Silva na cara do golo aos 8' - o médio português fez apenas o seu segundo golo da época. E, ainda na primeira parte, o belga teve um grande pontapé que resultou no 2-0. Depois, já no segundo tempo, o seu compatriota Doku fez o 3-0.

O regresso aos triunfos aproximou o City do comando da Premier League, mas ainda são nove pontos atrás do Liverpool, que tropeçou em Newcastle. Num jogo emocionante em que chegou a estar a perder, a equipa da cidade dos Beatles conseguiu colocar-se na frente com um golo de Mo Salah aos 83' - já tinha marcado um aos 68'. Mas Fabian Schar, já no tempo de compensação, nivelou o marcador para os "magpies".

Este empate no St. James Park permitiu a aproximação dos mais directos perseguidores ao Liverpool. Do Arsenal e do City, mas, também do Chelsea, que bateu o Southampton no St. Mary por 1-5 - João Félix foi titular e fez uma assistência, Renato Veiga entrou na segunda parte.

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