FC Porto aponta revolta como combustível para retoma na Bélgica

“Dragões” precisam de pontuar diante do Anderlecht para ganharem oxigénio na luta pelo apuramento na Liga Europa.

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Treino do FC Porto no Olival antes da partida para Bruxelas JOSE COELHO / LUSA
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O FC Porto complicou a própria vida nas últimas semanas. Perdeu de forma expressiva em casa de um rival no campeonato, foi eliminado da Taça de Portugal e sofreu, em Roma, a segunda derrota na Liga Europa. Se, mesmo com outro tipo de resultados a nível doméstico, já chegaria pressionado ao embate de hoje (17h45, SportTV), em Bruxelas, com três de-saires consecutivos a margem de erro desapareceu. É, por isso, obrigatório que os “dragões” se imponham ao Anderlecht - para subirem uns degraus na frente europeia e dissiparem as nuvens de desconfiança que se têm abatido sobre a equipa.

O contexto não é propriamente favorável. No lote dos segundos classificados, o Anderlecht tem compensado na Liga Europa a inconsistência que tem mostrado na Liga belga (ocupa o quarto lugar): começou por vencer o Ferencváros (2-1), depois surpreendeu a Real Sociedad, em Espanha (1-2), superou o Ludogorets (2-0) e só abrandou na Letónia, diante do Rigas FS (1-1). Contas feitas, chega a este embate com dez pontos, contra apenas quatro do FC Porto.

A este quadro há que acrescentar o momento recomendável que os belgas, orientados por David Hubert desde o final de Setembro, atravessam: ganharam quatro dos últimos cinco jogos (houve o tal empate em Riga pelo meio) e todos com goleada (4-0, 4-0, 5-0, 6-0).

“Vamos tentar ser dominantes. Jogamos em casa, numa competição onde temos estado bastante bem, por isso, o objectivo é sermos dominantes, independentemente do adversário. O FC Porto é uma grande equipa, estamos ansiosos por fazer uma grande partida”, resumiu o técnico.

Do lado do FC Porto a mensagem de confiança e de inversão de tendência sopra de dois quadrantes. Primeiro foi o presidente, André Villas-Boas, à partida para a Bélgica: “A confiança no treinador mantém-se, tanto por parte dos jogadores, como da estrutura e da direcção. Tem espaço para desenvolver o seu trabalho, tem tempo, foi a nossa escolha para este projecto e é nele que acreditamos.” Depois foi o próprio Vítor Bruno, em conferência de imprensa, a prometer transformar o actual sentimento do grupo numa espécie de “revolta”. “Não contra ninguém, mas connosco, perante aquilo que não temos feito ultimamente.”

Em Bruxelas, o FC Porto lidará apenas com as ausências de Deniz Gul e Grujic, o que significa que terá à disposição todos os elementos que têm sido escolhas regulares do treinador. Um deles é Samu, um dos melhores marcadores da prova (quatro golos). E bem precisam os “dragões” da eficácia do espanhol, para resgatarem os primeiros pontos fora de casa nesta edição da Liga Europa.

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