Luís Cília: “Não me considerem um músico com um grande futuro atrás de mim”

Sessenta anos passados sobre o seu primeiro disco, vê finalmente toda a sua obra discográfica até à data editada num livro com 11 CD. Não é um ponto final, é um ajuste para o futuro.

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Na sua casa em Lisboa, Luís Cília guarda peças de arte africana e muitos livros sobre ela Rui Gaudêncio
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Há um número que parece colado à vida de Luís Cília desde que chegou ao mundo: nasceu a 1 de Fevereiro de 1943 em Angola (na então Nova Lisboa, hoje Huambo); a 1 de Abril de 1964 chegou a Paris, onde ficaria exilado durante dez anos; regressou a Portugal a 30 de Abril de 1974 (num voo onde vieram também José Mário Branco ou Álvaro Cunhal), a tempo de assistir à euforia do primeiro 1 de Maio em liberdade; e foi o primeiro a gravar canções de resistência no exterior. Mas esse número “1” raramente o sentiu, achando-se até injustiçado na história da música portuguesa, sem discos reeditados e ignorado em grande parte da obra musical que foi produzindo e não parou.

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