Pelo menos 14 mortos na Faixa de Gaza em ataques israelitas

Madrugada foi marcada por vários ataques israelitas contra o território palestiniano.

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Café atingido por ataque israelita HAITHAM IMAD / EPA
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A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou nesta terça-feira, 12 de Novembro, que pelo menos 14 pessoas morreram em vários ataques israelitas contra o território palestiniano. “Pelo menos 14 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nesta madrugada, na sequência de vários ataques [israelitas] na Faixa de Gaza”, disse o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal.

Por seu lado, o Exército israelita anunciou a morte de quatro soldados, abatidos no Norte da Faixa de Gaza. Estas baixas elevam para 376 o número de soldados israelitas mortos no território palestiniano desde o início da operação terrestre, a 27 de Outubro de 2023.

De acordo com o The Guardian, o apoio humanitário a Gaza é o mais baixo dos últimos meses, mesmo com um ultimato norte-americano a Israel para o aumento desta ajuda.

Os Estados Unidos ameaçaram Israel com sanções, caso não existisse um reforço de bens humanitários destinados à Faixa de Gaza. O prazo termina a 13 de Novembro, contabilizando-se, para já, a entrada de 8805 toneladas de bens alimentares em território palestiniano.

Nesta segunda-feira, o diário israelita liberal Haaretz escreveu, em editorial, que “o Exército israelita está a levar a cabo uma operação de limpeza étnica no Norte da Faixa de Gaza”.

No texto pode ler-se que “os poucos palestinianos no local estão a ser levados à força, foram destruídas casas e infra-estruturas e há estradas largas a ser construídas para completar a separação das comunidades no norte do centro da Cidade de Gaza”.

Salman al-Dayah, antigo reitor da Faculdade de Sharia e Direito na Universidade Islâmica de Gaza e que é considerado uma das autoridades religiosas mais respeitadas da região, criticou num decreto de seis páginas o ataque do Hamas levado a cabo a 7 de Outubro em Israel por “violar os princípios islâmicos que regem a jihad”.

A notícia, dada na sexta-feira pela BBC com base numa publicação de Al-Dayah no Facebook, causou surpresa, apesar de o religioso ter sido já antes crítico do Hamas e da Jihad Islâmica. A sua opinião tem um peso significativo para a população muçulmana sunita de Gaza, que é a maioria no território.