O TEP e a Assédio desenterram o espectro do PREC para assombrar o futuro

Peça que se estreia esta quinta-feira no Teatro Carlos Alberto reproduz em palco a euforia do processo revolucionário em curso e faz da própria melancolia de esquerda um tónico para novas lutas.

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Duas companhias de teatro convocaram actores e encenadores de uma geração que não viveu o PREC a fantasiá-lo JOSÉ SÉRGIO
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É um daqueles casos em que se pode dizer que está (quase) tudo no título. O espectáculo As grandes comemorações quase oficiais do período histórico habitualmente conhecido como PREC, organizadas pela Comissão de Festas Populares do Teatro Experimental do Porto e da Assédio – Companhia de Teatro sobe esta quinta-feira, pelas 19h00, ao palco do Teatro Carlos Alberto, onde uma geração de dramaturgos, encenadores e actores novos demais para terem vivido o PREC tenta recriar, juntando intuição e investigação, essa “brecha utópica e poética” (para usar a expressão do encenador Gonçalo Amorim) pela qual o país se esgueirou durante um bom ano e meio, ou mesmo mais, consoante entendamos que a festa acabou no 25 de Novembro ou no momento em que a aprovação da Constituição, em Abril de 1976, veio consagrar a chamada normalização democrática.

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