Queimar depois de sair do frio

Em mais do que um aspecto, a espionagem tornou-se análoga à publicidade: só necessária porque a concorrência também a usa.

Ouça este artigo
00:00
06:45

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

“Será o fim da história de espionagem?” A interrogação — que hoje parece apenas mais um remoto e incompreensível artefacto dos anos 90, como o modem ou a camisa de flanela — costumava aparecer com frequência em suplementos culturais. Como outras drásticas ansiedades da década, era uma resposta directa à queda do Muro de Berlim e ao fim oficioso da Guerra Fria: o que aconteceria a todos aqueles enredos pré-mobilados com agentes duplos, passaportes triplos, toupeiras, traições e papel de parede soviético agora que o mundo os tornara subitamente supérfluos?

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.