Por altura do seu sétimo aniversário, a ANCAT - Associação Nacional de Condutores de Animação Turística sente que tem motivos para comemorar. "Finalmente vemos algumas mudanças e conversas com a Câmara Municipal", que está a preparar a criação de um novo regulamento da actividade dos veículos de animação turística que circulam na capital, sublinha à Fugas Inês Henriques, secretária-geral da associação, que se congratula pelos recentes passos. "Após sete anos estamos a ser ouvidos. Num curto espaço de tempo, tivemos cinco reuniões de trabalho. As coisas só mudam se mudarem na raiz".
No domingo, dia 1 de Setembro, está marcado um desfile de tuk-tuks pelo centro histórico de Lisboa. A partida acontecerá pelas 17h30 desde o Parque Eduardo VII (junto à Estufa Fria) e chegada sensivelmente uma hora depois ao Rossio.
À disposição estarão mais de cem veículos de animação turística, representando 29 empresas associadas e com capacidade para quatro pessoas em cada (crianças só a partir dos três anos; não aconselhável a grávidas).
Desta forma, a ANCAT pretende "sensibilizar a população portuguesa" para a questão do turismo e "mostrar parte da experiência partilhada com muitos dos turistas que visitam o centro histórico de Lisboa", pode ler-se em comunicado. "Assim, para além da oportunidade de andarem num veículo de animação turística num desfile pela cidade, terão a oportunidade de conhecer as actuais condições de mobilidade e convivência com as autoridades que os condutores de animação turística enfrentam no dia-a-dia e que levaram à necessidade conjunta de ANCAT e Câmara Municipal de Lisboa em criar um regulamento municipal."
Segundo a associação, a qualidade do serviço prestado pelos condutores e animadores turísticos "faz deles verdadeiros embaixadores da cultura, história e património, contribuindo para ajudar a dinamizar a economia e o comércio local".
"Em simultâneo, estes profissionais são uma preciosa ajuda na prevenção da criminalidade, informando os transeuntes sobre os cuidados a ter contra os carteiristas e comunicando às autoridades os locais onde estes actuam. Por outro lado, os condutores de tuk-tuk prestam auxílio na segurança rodoviária, auxiliando a resolução de alguns acidentes e praticando uma condução defensiva a baixa velocidade."
Inês Henriques sublinha a importância da "regulamentação". "Mais regras", aponta. "Nada mudará se não formos à fonte do problema."