O coveiro da minha terra e a ministra da Saúde

Ana Paula Martins não se tem colocado ao lado dos que diariamente, com empenho e profissionalismo, dão “o corpo às balas” no SNS.

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Sabem aquela frase, proferida logo após o terramoto de Lisboa pelo Marquês de Alorna e erradamente atribuída ao Marquês de Pombal, que diz qualquer coisa como “agora é tratar dos vivos e enterrar os mortos”? Em 2024, mais de dois séculos e meio depois, a minha cidade está com dificuldades em fazer ambas as coisas. É que, para além da falta crónica de médicos de família, agora também nos faltam coveiros. E reparem que os concursos para ambas as funções até vão abrindo. Acontece é que ficam às moscas. E eu, que não percebo nada de gestão, mas que percebo de pessoas, só vejo uma forma de resolver o problema: é preciso aumentar a remuneração ou compensar com outras regalias os que aqui quiserem ficar a fazer o que mais ninguém quer. Até porque, pelo menos em relação aos médicos de família, outros municípios já o fizeram aqui no Alentejo e com bons resultados. Quanto aos coveiros, podíamos ser nós os camisola-amarela.

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