Henrique Amoedo deixa a direcção artística do Teatro Viriato

O CAEV – Centro de Artes do Espectáculo de Viseu vai seleccionar uma nova pessoa para o cargo que o coreógrafo e professor deixa vago após apenas dois anos.

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Henrique Amoedo é desde 2022 o director artístico do Teatro Viriato, em Viseu Nelson Garrido
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Henrique Amoedo, coreógrafo e professor brasileiro radicado em Portugal, fundador da companhia Dançando com a Diferença, é o director artístico do Teatro Viriato, em Viseu, desde 2022, tendo tomado posse no início de Maio desse ano. Ao fim de apenas pouco mais de dois anos, o CAEV – Centro de Artes do Espetáculo de Viseu avisou esta sexta-feira, em comunicado enviado à imprensa, que Amoedo tinha formalizado "junto da direcção" a "intenção de cessar funções, invocando razões de ordem pessoal e familiar". Sairá do cargo no final de Agosto.

"O CAEV destaca, nestes dois anos de direcção artística de Henrique Amoedo, a programação cuidada, consistente e desafiadora, bem como a sua orientação eficaz da estrutura profissional do Teatro Viriato", pode ler-se no comunicado. O texto cita o próprio Amoedo: "a passagem pela Direcção Artística do Teatro Viriato ficará marcada como um período inesquecível", gabando a equipa "super-competente" com que trabalhou.

“Conversar, criar, apoiar e questionar fizeram parte do trabalho de proximidade desenvolvido com os artistas e com a equipa do Teatro", continua o ainda director artístico. "Cresci pessoal e profissionalmente e sou imensamente grato”, conclui. Por sua vez, a actual presidente da direcção do CAEV, Júlia Alves, diz no mesmo comunicado: “O Henrique tem as qualidades profissionais e pessoais que fazem dele um líder, um profissional completo, um amigo e um exemplo a seguir. Vai deixar saudades em toda a equipa”.

A antecessora de Amoedo, Patrícia Portela, não chegou aos dois anos nessa posição: entrou em Março de 2020 e a saída foi anunciada em Fevereiro de 2022. Na altura, não foi dado motivo para a brevidade da passagem. Ao PÚBLICO, afirmou depois que tinha sido "convidada a sair" numa reunião com a então presidente da direcção do CAEV, Paula Garcia, por alegadas queixas de trabalhadores, não lhe tendo sido dito “o número de queixas, quem [as enviou], de quando são ou o seu teor”, e falou de um clima de “guerra permanente, mas super-silenciosa, com a direcção do CAEV”. Quando foram pedidos esclarecimentos, o CAEV não quis comentar o caso, mas num email a que o jornal teve acesso constava que "o ambiente entre 'colaboradores internos' e a directora artística 'vinha-se deteriorando progressivamente'".

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