Turquia supera “dez” checo, para marcar encontro com a Áustria
Formação de Vincenzo Montella conseguiu um triunfo apertado frente adversário em inferioridade numérica desde os 20 minutos.
A Turquia venceu (1-2) esta quarta-feira, em Hamburgo, a República Checa no fecho da fase de grupos, garantindo, à justa, o segundo lugar no Grupo F, liderado por Portugal, marcando encontro com a Áustria e colocando os checos fora do Campeonato da Europa.
Apesar da eliminação, a República Checa superou-se física e emocionalmente numa noite em que actuou durante mais de 70 minutos reduzida a dez jogadores, convocando a dúvida até ao último suspiro do jogo, quando Tosun (90+4') acabou com ela.
Com um triunfo como único resultado possível para avançar no torneio, a República Checa não delegou a responsabilidade de assumir o jogo. Facto que não surpreendeu a Turquia, apostada em controlar a posse, sem qualquer urgência em lançar-se em ataques prematuros. E nem o eco do golo da Geórgia no início do jogo com Portugal alterou minimamente este quadro.
No arranque, com Patrik Schick no banco, Günok a travar o remate de Provod (3’) e Hranác a falhar o alvo num cabeceamento por cima da barra, os checos não encontravam uma fórmula capaz de desbloquear o jogo e garantir o passe para os “oitavos”. Preocupação agravada pela expulsão de Barák, aos 20 minutos, por acumulação de cartões amarelos.
No último lugar (virtual) do grupo, a República Checa parecia ter o destino traçado. E nem a tentativa de pressionar o árbitro para provocar uma expulsão e equilibrar as forças resultou, apesar de Yildiz ter estado no limiar de um vermelho que poderia ter sido por acumulação ou até directo.
O extremo da Juventus acabou por regressar após o descanso, com Montella a preferir salvaguardar Ozcan, o outro "amarelado". Isto, depois de os checos terem terminado a primeira parte com flagrante ocasião de golo que Jurásek, o lateral que o Benfica cedeu ao Hoffenheim, desperdiçou de forma inacreditável.
A verdade é que Yildiz acabaria por ser preponderante na entrada fulgurante dos turcos para a segunda parte, obrigando Stanek a empenhar-se para adiar o golo obtido por Çalhanoglu (52’) em lance de insistência que deixou o guarda-redes checo em dificuldades físicas, forçando uma troca na baliza.
O 0-1 da Turquia “derrotava” psicologicamente um adversário que estava obrigado a expor-se sem quaisquer reservas para conseguir os dois golos necessários para evitar o regresso imediato a casa.
Um golo oportuno para evitar a perspectiva de baixar ao terceiro lugar do grupo, já que a Geórgia vencia por 2-0. Nessa altura, a Turquia igualava, ainda, Portugal em termos pontuais, ganhando ânimo para o confronto seguinte, frente à selecção da Áustria, vencedora do Grupo D.
Mas o futebol é fértil em golpes de teatro e Soucek (66') reacenderia a chama da esperança checa com um golo que acabou por colocar um travão na euforia turca, com a equipa de Montella de novo numa posição de risco iminente, que acabou por evitar a dois minutos do fim com um golo de Tosun.