Já estavam todas prestes a deixar a prisão, as pessoas entrevistadas pela socióloga Sílvia Gomes. Tivesse a lei sido cumprida, deviam ter participado em actividades ou programas de reabilitação. Todavia, algumas em nada se tinham envolvido. “Estou à espera”, disse-lhe um. “Nunca me chamaram”, disse-lhe outro. A investigadora ouviu tantas vezes este tipo de resposta nas prisões masculinas que até fala no fenómeno “à espera que chamem”.
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