Fadista Beatriz Felício com uma mala cheia de sonhos e histórias para contar

Apaixonou-se pelo fado ainda criança, com 6 anos, e agora que tem 25 estreia-se com um disco homónimo que vai apresentar ao vivo esta sexta-feira no CCB. Eis Beatriz Felício.

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Diogo Branco
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Beatriz Felício é mais uma jovem fadista das que não nasceram nos meios do fado nem tão pouco o herdaram por via familiar. Mas tem para contar uma paixão precoce, frente a um televisor, que viria a marcar-lhe os passos e a moldar-lhe o caminho. Nascida em 29 de Setembro de 1998, com raízes familiares alentejanas e ribatejanas, Beatriz cresceu na Damaia e iniciou os estudos na Amadora. Na sua casa não havia ligação ao fado. “Não quer dizer que não gostassem, mas ouvia-se outras músicas: Dire Straits, Norah Jones ou Vaya Com Díos”, recorda ela ao Ípsilon. Até que, um dia, Beatriz ficou colada à televisão a ouvir Amália a cantar Vou dar de beber à dor e foi como se um novo mundo se abrisse diante dela. “Eu era muito pequenina [tinha 6 anos] e acho que foi ouvir a guitarra portuguesa e a forma de cantar da Amália que entrou em mim e me encantou. Disse logo à minha mãe que queria aprender aquilo. Ela explicou-me que era um fado da Amália Rodrigues, a fadista mais conhecida de sempre, e que se eu quisesse aprender era comigo.” Beatriz foi para o quarto e decorou o fado de uma ponta à outra. “Quando voltei, disse: ‘Mãe, olhe aqui!’” Cantou o fado inteiro e declarou: “Mãe, eu vou ser fadista.”

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