Irene Solà: “Que vozes escutamos quando contamos histórias?”

A catalã Irene Solà escreveu um dos romances mais surpreendentes de entre os que se têm traduzido nos últimos tempos. Eu Canto e a Montanha Dança é uma homenagem à literatura oral.

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A escritora, poetisa e artista plástica catalã estudou Belas Artes na Islândia Ignasi Roviró
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Basta a leitura do primeiro capítulo de Eu Canto e a Montanha Dança, da escritora catalã Irene Solà (n. 1990) - também poetisa e artista plástica - para se intuir que temos entre mãos um romance que, ao diversificar muito os olhares de quem conta, extravasa o modelo da narrativa convencional. A morte de Domènec - um camponês poeta que não escreve, apenas declama os seus poemas quando ninguém o ouve - é, por exemplo, narrada pelas nuvens. Ao longo do livro, as várias histórias interligadas, vão sendo habilmente narradas por animais, por espectros de bruxas mortas há séculos, por cogumelos, pelas montanhas e, claro, por várias pessoas.

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