Robert W. Chambers: como desfazer coisas com palavras

Muitos dos debates contemporâneos que tentam determinar se as palavras têm ou não “consequências” nem sempre se lembram que as consequências existem sempre, mas raramente são inevitáveis.

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Os planos de Alexander Scriabin eram modestos, como é próprio dos artistas. A sua última composição, Mysterium, seria uma peça musical de sete dias, numa catedral construída para o efeito no sopé dos Himalaias. Os espectadores seriam convocados por sinos suspensos nas nuvens. Prelúdios e codas seriam executados pelo Sol e pela Lua. A coreografia incluiria olhares, gestos, e odores apropriados para cada trecho. Nevoeiros e chamas irromperiam pelo recinto em camadas luminosas. A própria pedra da catedral seria alterada pelas reconfigurações de luz.

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