Marcelo lembra o que mudou desde 2019 para apelar ao voto nas europeias
No apelo ao voto nas europeias deste domingo feito pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que “não votar é metermos a cabeça na areia”.
As diferenças entre 2024 e 2019 (o ano da última eleição para o Parlamento Europeu), especialmente a eclosão da guerra e a crise por ela causada, bem como a pandemia, foram o ponto fulcral no apelo ao voto às eleições europeias deste domingo feito Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações ao país realizadas a partir do Castelo de Leiria.
"Em 2024 vivemos e sabemos aquilo que não vivíamos nem sabíamos em 2019. Vivemos o que sabemos ser a situação mais grave na Europa dos últimos 30 anos", afirmou o Presidente, tendo sublinhado a existência da guerra, a pandemia e a crises por estas causadas na Europa como um dos motivos fundamentais para se votar neste domingo.
"O que está em causa é uma guerra, os seus efeitos e a urgência de garantir o mais rapidamente possível que seja ultrapassado o que vivemos. Agora já não podemos fazer de conta que não há guerra, que nos é indiferente que dure pouco ou muito ou o modo como acaba", acrescentou, tendo relevado ainda o impacto do conflito militar na Ucrânia nos preços e salários e a forma como tais efeitos penalizaram o dia-a-dia dos cidadãos.
"Agora, não votar é metermos a cabeça na areia", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa. "Vale a pena desta vez, ainda mais do que nunca, mostrar que o voto é uma arma", acrescentou, considerando que o voto reveste-se de particular importância no ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril.
A declaração ao país realizou-se no contexto da visita do Presidente a Leiria, distrito onde se realizarão as celebrações oficiais do 10 de Junho.
Esta tarde, na apresentação do livro "Ano Zero da Europa", de Bernardo Pires de Lima, na cidade, Marcelo afirmou, citado pela Lusa, que, apesar dos novos desafios, o próximo "salto" no que toca ao futuro da Europa será dado sem haver "rupturas totais" com aqueles que estiveram presentes antes.
"No caso da Europa, bem pode acontecer que o salto venha a ser dado por alguns dos protagonistas do passado recente, provavelmente os mais abertos ao futuro próximo, porque não há rupturas totais", afirmou o Presidente.