Em Vaga-lumes, Tainá canta a beleza da infância e das "pequenas coisas"

O segundo single do novo álbum da cantora brasileira, Âmbar, estreia-se esta sexta-feira.

Tudo começou com uma conversa casual com uma amiga (também cantora), Picas, sobre as coisas que faziam lembrar o quanto vale a pena viver. Tudo ia dar à infância. Exemplo disso são os pirilampos que iluminavam a noite da cidade no Brasil onde Tainá, actualmente com 26 anos, cresceu. Foi assim que nasceu Vaga-lumes, segundo single de Âmbar, que conta com a participação de Tiago Nacarato e cujo vídeo se estreia esta sexta-feira.

Neste vídeo, com o embalo da bossa-nova, as paredes enchem-se de pinceladas com os temas da infância de que fala a letra – muitos deles associados à natureza. É de propósito: Tainá admite em entrevista ao P3, que acredita “todos os ensinamentos da vida” lhe chegam através da Natureza e é por isso que “acaba por ser 80%” do que escreve.

Cinco anos depois de Tainá, o primeiro álbum da cantora, Âmbar tem lançamento previsto para Setembro e traz uma estética quente, com cheiro a maresia que bebe da experiência da cantora em Portugal, onde já vive há oito anos. Traz mais “mensagens de luz” e “maturidade” do que o trabalho anterior.

O seu percurso na música já vai longo. Começou aos 13 anos, altura em que estudou piano, canto e guitarra. Depois, seguiu para a faculdade para tirar uma licenciatura em Música. Chegou a cantar em casamentos, mas o seu caminho artístico só começou realmente quando veio para Portugal, em 2017, e se cruzou com um grupo de músicos que cantavam no Bairro da Bica, em Lisboa. Desafiada pelos amigos, juntou-se e interpretou uma versão de Corcovado, clássico do cantor brasileiro Tom Jobim. Sem saber, cantou com a banda do músico e cantor norueguês Erlend Oye, membro dos Kings of Convenience, que, no dia seguinte, iria actuar no Capitólio. Aí, foi convidada para ir ver o concerto e, enquanto cantava à porta da sala do espectáculo, Oye ouviu-a e pediu-lhe para actuar nos concertos seguintes em Portugal.

Texto editado por Inês Chaíça