Assistência informática e cibernética: esta é a prioridade imediata da Ucrânia no acordo com Portugal

No pós-guerra, Ucrânia quer receber apoio para a desminagem do país.

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Luís Montenegro com Volodymyr Zelensky JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA
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A Ucrânia já manifestou às autoridades portuguesas que a prioridade no acordo de cooperação de segurança com Portugal, assinado esta terça-feira pelo Presidente Volodymyr Zelensky e pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, em São Bento, é a assistência técnica na área da informática e cibernética.

O PÚBLICO apurou que os ucranianos já têm contactos com uma empresa portuguesa privada dirigida por professores do Instituto Superior Técnico, de Lisboa.

Num dos pontos do acordo assinado entre os dois mandatários, divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro, é referido expressamente o “apoio para atender a ameaças híbridas, incluindo iniciativas de ciberdefesa e resiliência”.

É neste domínio, mais do que no fornecimento de material militar, no qual as Forças Armadas portuguesas têm um reconhecido défice, que os ucranianos concentram a sua atenção. Tal como na aquisição de drones à indústria nacional.

Já na perspectiva do pós-guerra, Kiev espera que Lisboa contribua nos esforços de desminagem de combate que terão de ser realizados. Nos avanços e recuos das tropas de Moscovo, os russos deixam para trás um terreno minado, o que limita a sua futura recuperação.

Aliás, na conferência de imprensa com o Presidente da Ucrânia, Luís Montenegro referiu-se explicitamente à desminagem. Já noutros aspectos, as palavras do primeiro-ministro, bem como o conteúdo do acordo de cooperação entre os dois países, foram mais herméticas.

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