Vítor da Silva: O vigilante dos direitos dos indígenas
Podia ser militar, polícia ou antropólogo. É etnógrafo e poeta, investigador dos direitos indígenas, um estranho de barbas com o chapéu do avô que nunca teve.
Não vale a pena escrever o nome do sítio na Índia onde vive com a esposa Nikita porque a aldeia de três casas feitas de lama no meio da floresta não aparece no mapa — e porque nem todos os sítios têm que estar no mapa. Vítor da Silva, etnógrafo e investigador dos direitos indígenas, governa-se "pela lei da floresta e pela vontade do rio", rege-se pela "soberania dos instintos" e serve-se de todas as peças que conscientemente foi juntando ao longo da vida para se "libertar dos confortos anestesiantes do mundo moderno" e zelar pelas comunidades indígenas que vai assimilando num processo simbiótico, fortalecendo-as, munindo-as de ferramentas nos seus movimentos de resistência e expondo a sua destruição e a violação dos seus direitos.
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