Ética
Da ética espera-se que tire a venda dos olhos para suportar o olhar do outro com quem se partilha o mundo.
E se nutríssemos uma ideia de ética que brotasse, espontânea, do convívio e não determinada pela obrigação do dever ou pelo cálculo de benefícios ou preferências? Coisas simples como estarmos juntos à volta de uma mesa do café, uma torrada servida, e alguém com a alegria de um sorriso não tirar as duas fatias do meio, mais tenras, para si. Ou, mais ao fim da tarde, à mesa de um bar, a rodada de cervejas oferecida por uns e os companheiros a prometerem-se a si próprios que hão-de retribuir a generosidade. Nada a obrigar, apenas o afecto de se estar juntos nas coisas do mundo.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.