Diálogo perfeito de Di María e Rafa dá vitória ao Benfica

“Encarnados” corrigiram, em Glasgow, empate consentido no Estádio da Luz na primeira mão dos oitavos-de-final da competição.

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Benfica resolveu eliminatória na segunda parte Reuters/Russell Cheyne
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A inteligência de Di María e a velocidade de Rafa foram determinantes para a vitória do Benfica sobre o Rangers na segunda mão dos oitavos-de-final da Liga Europa, disputada nesta quinta-feira, em Glasgow, depois de um empate a duas bolas na Luz. Após uma primeira parte fraca, a equipa portuguesa obteve o único golo da partida aos 66'. Uma assistência do argentino para a corrida rápida de Rafa resultou no golo do Benfica, inicialmente anulado por suposto fora de jogo. O goal check desfez a dúvida - Rafa tinha partido antes da linha de meio-campo. Foi a primeira vez que uma equipa portuguesa venceu o Rangers no Estádio Ibrox.

Há pouco para contar sobre os primeiros 45 minutos, disputados debaixo de forte chuva, o que se foi notando progressivamente no estado do relvado. O primeiro lance de perigo surgiu aos 12', e mais pelo erro de Trubin do que pela qualidade do remate de Lawrence. O guarda-redes deixou escapar a bola por debaixo das pernas e tudo acabou bem porque não estava enquadrado com a baliza.

O primeiro remate do Benfica veio logo a seguir, uma espécie de aviso para os escoceses já que Jack Butland não teve dificuldades em travar o remate fácil de Aursnes. A equipa lisboeta voltou a ter mais um lance pontual, com uma arrancada de Rafa que ninguém acompanhou, mas a partir daí começou a sentir-se maior pressão dos escoceses, com o jogo a disputar-se, sobretudo, no meio-campo do Benfica. A equipa treinada por Schmidt não se deixou perturbar muito com isso, permitindo ao Rangers ganhar ascendente, embora sem grandes consequências.

A melhor oportunidade da primeira parte, contudo, ainda estava para vir e pertenceu ao Benfica. Recuperação de João Neves, arrancada de Di María (36'), com Rafa e Marcus Leonardo a não se entenderem na sequência do passe atrasado do argentino, com a defesa do Rangers já batida.

Até ao intervalo, registo de uma perda de bola, por João Neves, que terminou numa boa defesa de Trubin (39'), mas havia fora de jogo.

O jogo recomeçou com o Rangers a tentar rapidamente chegar ao golo. Esteve muito perto de o conseguir. Primeiro por Dessers (47'), que fez uma maldade a Otamendi, mas a bola acabou por desviar em Aursnes, e depois por... António Silva, que em disputa com o mesmo Dessers quase marcou na própria baliza (50').

Schmidt tinha feito uma substituição ao intervalo, trocando Marcos Leonardo (a única mudança face ao "onze" da primeira mão) por Tengstedt e foi o dinamarquês a dar o primeiro sinal de que a reacção do Benfica estava a chegar. Na sequência de uma boa jogada que envolveu Di María e Aursnes, Tengstedt (63'), enquadrado com a baliza e já na grande área, rematou à figura de Butland.

Três minutos depois, já com Kokçu em campo (saiu Neres), aconteceu o lance que decidiu o jogo e a eliminatória. Na sequência de um canto, o Benfica saiu rápido em contra-ataque, Di María serviu de cabeça Rafa que, partindo antes da linha de meio-campo, ligou os "motores", aproveitou o espaço que tinha à sua disposição, e fez o 0-1. Confirmado pelo goal check, após uma primeira decisão da equipa de arbitragem em sentido contrário.

Se até ao minuto 60 tinha havido mais Rangers no jogo, a partir daqui o Benfica passou a ter o ascendente no jogo e controlou os acontecimentos. À precipitação do Rangers, reagia o Benfica com segurança e com mais um ou outro lance que poderia ter dado golo. Não aconteceu, mas os escoceses também já não tinham capacidade para evitar o que os seus adeptos rapidamente começaram a pressentir.

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