A mal-amada banca e o verdadeiro desafio

É do torpor conservadorista dos bancos que é preciso sair. Não se trata aqui de tornar o sector bancário mais especulativo, mas simplesmente de o dotar de uma nova dinâmica competitiva.

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Bater no sector bancário rende votos, especialmente em Portugal, onde o cidadão comum está ainda recordado dos resgates e nacionalizações dos últimos anos. Não surpreende, portanto, que nas últimas semanas, em particular dos partidos de protesto – Partido Comunista (PCP), Bloco de Esquerda (BE) e do Chega –, tenham sido lançados tantos ataques à banca. Em geral, os ataques têm passado pela crítica aos lucros bancários, notando-se, porém, sobretudo à esquerda, uma certa condescendência com a Caixa Geral de Depósitos – os lucros só são maus quando gerados no privado (!) e falar dos lucros da Caixa obrigaria a esquerda a aceitar que o banco público só começou a dar lucro sustentadamente a partir do momento em que passou a ser gerido como um banco privado. Mas, enfim, condescendências e cinismos à parte, o sector bancário é hoje um alvo fácil, não obstante muitas críticas falharem no verdadeiro alvo.

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