Três meses de guerra: um (novo) conflito prolongado?

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Hoje faz 3 meses desde que uma nova etapa, mais violenta, do que costumamos chamar de um conflito prolongado começou. Nos dias que se sucederam ao 7 de outubro de 2023, houve quem, sem olhar para a história e para décadas de políticas de ocupação, exclusão e marginalização (ativamente recusando a ideia de que “não aconteceu no vácuo”, tenha previsto uma ação rápida por parte de Israel, que iria entrar de rompante na faixa de Gaza qual blitzkrieg e deixar tudo arrumado em dias, numa ação cirúrgica e implacável de extermínio do Hamas, que se assemelharia à guerra dos seis dias de 1967. Como agora sabemos – e já explico por quê – não foi isto que aconteceu. Depois de mais de 22 mil mortos, pelo menos um terço destes crianças (um número que se aproxima de uma criança morta a cada dez minutos desde o início da guerra), quase 60 mil feridos e a destruição parcial ou completa de praticamente toda a infraestrutura civil e de suporte à vida em Gaza, incluindo hospitais, escolas e 70% dos edifícios residenciais, passa da altura de nos perguntarmos enquanto indivíduos e sociedade, qual é o futuro desta região.

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