Xiaomi 13T: tecnologia de ponta abaixo dos mil euros

O telemóvel mais apetrechado da nova série da Xiaomi chega ao mercado português por 999 euros. A marca rema contra a corrente nos preços e tenta fazer crescer o ecossistema.

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Os Xiaomi 13T chegam a Portugal em três configurações Xiaomi
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Os consumidores estão dispostos a pagar mais pelos telemóveis e a mantê-los durante mais tempo. Os dados das consultoras IDC e GfK, apresentados este Verão, revelam uma tendência que é um sinal de maturidade do mercado e as marcas estão a alinhar com os consumidores, abandonando a produção dos modelos mais baratos.

A aposta nos produtos premium — que são, também, onde as marcas geralmente conseguem maiores margens de lucro — justificam a percepção geral: os telemóveis estão mais caros. Globalmente sim (tudo está mais caro, na verdade), mas também nunca houve smartphones tecnologicamente tão avançados.

A Xiaomi apresentou esta terça-feira a nova série 13T, a segunda leva de topos de gama do ano — a primeira aconteceu em Fevereiro, com o Xiaomi 13. Este segundo momento anual no pós-Verão “optimiza a tecnologia apresentada no primeiro” e lança a marca para o final do ano, o mais importante em termos de vendas, explicou ao PÚBLICO Tiago Flores, director da Xiaomi Portugal.

A marca chinesa é, a par da sul-coreana Samsung, capaz de vender telemóveis em todos os intervalos de preço (dos cem aos mil euros), e isso ajudará a​ explicar a razão pela qual a Xiaomi é a segunda fabricante mais vendida em Portugal (com quase 30% da quota de mercado), atrás da Samsung e à frente da Apple — globalmente, é a terceira que mais vende.

A qualidade dos produtos da gama média/baixa da Xiaomi já foi aqui sublinhada; já o segmento mais caro parece reunir argumentos bastante fortes frente à concorrência, começando pelo preço: o Xiaomi 13T mais musculado chega ao nosso mercado abaixo dos mil euros.

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A Xiaomi garante quatro anos de actualizações do sistema operativo e cinco de segurança para a série 13T Xiaomi

São três os modelos apresentados hoje no mercado português: na entrada o Xiaomi 13T com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento por 649 euros; e dois modelos Xiaomi 13T Pro, um com 12 GB de RAM e 512 GB por 899 euros, e outro com 16 GB de RAM e 1 TB de armazenamento por 999 euros. A encomenda antecipada beneficia ainda de 100 euros de desconto.

Das especificações destacamos também a bateria de 5000 mAh com carregamento rápido de 120W no modelo 13T Pro (carrega 0-100% em 19 minutos); o carregador do 13T, também incluído na caixa, tem “apenas” 67W. Ambos têm ecrã HDR com 6,67 polegadas a 144 Hz, com o pico de brilho nos 2600 nits — consulte a ficha técnica aqui. E, claro, o conjunto de câmaras, novamente em parceria com a Leica, com melhorias no processamento de imagem.

O PÚBLICO teve oportunidade de ver antecipadamente estes novos modelos. A qualidade geral é assinalável, nomeadamente o cuidado na escolha dos materiais. A cobertura traseira a fazer lembrar pele, em azul, é particularmente bem conseguida.

Xiaomi Watch 2 Pro Xiaomi
Xiaomi Smart Band 8 Xiaomi
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Xiaomi Watch 2 Pro Xiaomi

Além dos novos telemóveis, a Xiaomi apresentou esta quarta-feira o novo relógio Watch 2 Pro (280 euros), com bateria melhorada e uma opção com eSim (330 euros), para permitir a utilização sem o recurso ao smartphone. Corre o sistema operativo Wear OS com as apps da Google, com mais de 150 actividades desportivas e de bem-estar, como a monitorização do sono. A par do relógio, a Xiaomi lançou ainda a nova Smart Band 8 com idêntico número de modos desportivos. Custa 40 euros, é resistente à água e tem 200 mostradores pré-definidos.

Fazer crescer o ecossistema

Os smartphones são uma parte fundamental do negócio da Xiaomi, mas a marca pretende aumentar o número de pessoas que usufrui daquilo a que se convencionou chamar de ecossistema — dispositivos diferentes que se ligam entre si e/ou partilham funcionalidades.

Tiago Flores contou ao PÚBLICO que as quatro grandes famílias de produtos fora dos telemóveis — relógios, televisores, aspiradores e scooters — ocupam 85% dos negócios e 40% do volume total. Os smartphones valem 60% do bolo.

O director da Xiaomi Portugal reflecte o optimismo e a ambição da marca, que quer fazer crescer esse ecossistema de 40% para 50% nos próximos dois anos. Além de mais e melhores produtos, a estratégia passa por fazer chegar ao mercado global o Xiaomi MIX Fold, o dobrável que faz frente ao Samsung Z Fold. Mas isso pode ainda demorar, já que a totalidade da produção dos dobráveis da Xiaomi é absorvida pelo mercado chinês.

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