Exportações caíram mais do que as importações em Maio

Dados do INE mostram uma subida do défice da balança comercial no valor de 109 milhões de euros face a Maio de 2022, atingindo os 2526 milhões.

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Quedas das trocas comerciais com os EUA foi uma das notas marcantes de Maio Miguel Manso
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As exportações de bens caíram 6,9% em termos homólogos, uma descida mais expressiva do que a que se registou com as importações, e que foi de -4,1%, de acordo com os dados do comércio internacional divulgados esta segunda-feira pelo INE. Em Abril, tinham sido as importações a cair mais, com -6% em termos homólogos, face aos -3,3% das exportações.

O INE realça os “decréscimos nas exportações de fornecimento industriais (-25,1%), com especial incidência nos produtos farmacêuticos e nas importações de combustíveis e lubrificantes (-41,3%)”.

Segundo INE, em Maio do ano passado houve um “valor muito elevado” ligado à venda de produtos químicos para os EUA. No caso dos combustíveis, explica-se que a queda reflecte não só “a descida do preço destes produtos nos mercados internacionais” mas também “um efeito de base, dado que em Maio de 2022 tinha ocorrido a introdução no mercado de gás natural previamente sujeito ao regime de entreposto aduaneiro, com vista ao encerramento do entreposto de Sines, que fez aumentar de forma significativa as importações deste produto".

Com esta realidade, houve uma subida do défice da balança comercial no valor de 109 milhões de euros face a Maio de 2022, atingindo os 2526 milhões de euros (mais 332 milhões do que no passado mês de Abril). Se se retirar das contas os combustíveis e lubrificantes, diz o INE, “o défice aumentou 610 milhões, totalizando 1954 milhões de euros”.

Olhando para os principais fornecedores e clientes, destacam-se a quedas das trocas comerciais com os EUA (-55,8% nas exportações e -51,1% das importações), país que tem sido um abastecedor de gás natural liquefeito de Portugal.

Os dados mostram que, nos primeiros cinco meses do ano, as importações desceram 30% para 1088 milhões de euros e as exportações diminuíram 8% para 2099 milhões face a idêntico período do ano passado, mantendo um saldo positivo para Portugal.

Focando apenas nas importações, o INE destaca as diminuições da Nigéria (-53,3%), essencialmente por causa dos combustíveis e lubrificantes, e do Brasil, que também tem sido um importante abastecedor energético de Portugal.

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