Turquia: a vingança de Erdogan sobre o Ocidente

A Turquia tornou-se um problema incómodo para o Ocidente e especialmente delicado para a União Europeia devido à proximidade geográfica. E não vai desaparecer, provavelmente irá intensificar-se.

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1. Wishful thinking é desejo, não é análise. A vitória de Erdogan nas eleições presidenciais de 2023 foi um novo choque de realidade sobre a Turquia. Vai estar no poder até 2028, para irritação do Ocidente. O desejo de vitória do candidato da oposição, Kılıçdaroglu, obscureceu a leitura da realidade. Antes da primeira volta, e face a circunstâncias que pareciam muito favoráveis — desgaste de duas décadas no poder de Erdogan, corrupção generalizada, grave situação económica e um sismo devastador —, Kılıçdaroglu era visto (e, sobretudo, desejado) como provável vencedor. Ao mesmo tempo, foi subestimada a capacidade de Erdogan se perpetuar no poder. Claro que o facto de Erdogan e o seu Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) controlarem o Estado não é indiferente. Como não é indiferente o autoritarismo que restringe a liberdade de imprensa e de opinião, ou seja, a margem de manobra da oposição.

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