À conquista da América do Sul, um diário de viagem e o sentido da vida

O Dia dos Namorados já passou, mas ainda estamos no rescaldo da semana mais apaixonante do ano, e a nossa convidada só veio ajudar à festa, não fosse ela uma incurável e assumida romântica. Para criar um cenário ainda mais relacionado com esta temática, levamos-te numa viagem pelo continente sul-americano que, palco de histórias de amor e de tantas outras, a fez olhar para a vida de outra forma.

Os 20’s não são anos de certezas, muito pelo contrário e, em Agosto de 2018 a Verónica estava de partida para Buenos Aires com uma bolsa de ERASMUS. Agora já não havia volta a dar – já tinha cruzado o Oceano e estava na iminência de começar a maior aventura da sua vida. Aquilo que não esperava era que a sua melhor amiga de sempre tivesse congelado a matrícula para ir vivê-la consigo. Havia no ar a vaga ideia de percorrerem a costa Oeste de Sul para Norte, mas não tinham data de volta, nem destino final, nem qualquer coisa que se assemelhasse a um plano. Apenas a certeza de que aquele era o momento de ir e coleccionar experiências.

Apesar de estar a viajar com uma amiga, a Verónica sempre soube que, apesar de distintas, havia algo que as unia: ambas sabiam que queriam viajar com calma, tirar o máximo proveito de cada lugar antes de passar ao próximo, absorver o mais profundamente possível a sua cultura e, acima de tudo, a sua gente. Como arquitecta que entende a arquitectura como a interacção entre seres humanos e o espaço, entender comunidades e estilos de vida, foi também uma prioridade para a Verónica durante este período. Mas, acima de tudo, estava algo ainda mais simples: a necessidade de encontrar aquilo que a faz sentir feliz e realizada.

Da Patagónia à Colômbia, muitas foram as aventuras que viveu nas mais diversas formas: primeiro com a amiga, depois sozinha e por fim com quem tinha comprovado que a América do Sul é digna de romance. Nos diários da sua viagem, onde escrevia, desenhava e coleccionava fotografias, podemos ver retratadas histórias como a do Simon, que a levou a visitar um dos principais pontos de observação estrelar do mundo, e como a da baleia azul que apareceu para mostrar que o melhor do mundo acontece quando nos abrimos a ele e não estamos à espera.

Frustrada por ter de regressar a Portugal e à rotina que tão bem conhecia, foi preciso tempo e distância para perceber com clareza aquilo que ganhou com o tempo que decidiu “perder” fora do conforto, do estável e do espectável. O diário que criou serviu de inspiração para aquela que foi a sua dissertação de mestrado e para descobrir o seu papel enquanto arquitecta e ser humano.

Qualquer dúvida para a Verónica encontra-a no seu Instagram, em @veroopinto.

Subscreva o programa Ready. Gap. Go! na Apple Podcasts, SoundCloud, Spotify e nas aplicações para podcasts. Descubra outros programas em publico.pt/podcasts.​​​ Acompanhe a Gap Year Portugal nas redes sociais Instagram e Twitter e no site gapyear.pt.​​​

Sugerir correcção
Comentar