Uma marmita é constituída por uma dose de pasta fresca, de aproximadamente 400 gramas, que custa entre três e quatro euros, sobre a qual há seis variedades (fettuccine verde, esparguete, campanelle, fusilli, rigatoni e casarecce) e que podem ser acompanhados por molhos como queijo parmesão, tomate, bolonhesa ou tomate e atum, por exemplo. Há também quatro diversidades de pizza al metro vendidas às fatias (cada custa entre um e dois euros) ou inteiras.

A loja Fast Good possibilita uma alimentação saudável. A massa das pastas é feita de sêmola e ovos e a massa da pizza é mais alta que o normal. Os produtos são italianos por uma questão de ingredientes base e de preparação, mas também podem ser portugueses, frescos e biológicos como o azeite, por exemplo. As refeições são feitas, de acordo com Sérgio, com o mínimo de gordura animal e com uma quantidade de sal reduzida.

O take away para além da preocupação com o carácter saudável da alimentação tem uma grande preocupação com o ambiente. As marmitas são feitas em Portugal e o material 100% é reciclável, tal como o do papel que é usado para o transporte das pizzas. Segundo o chef italiano as marmitas garantem todas as condições de segurança, são transparentes, invioláveis e podem ir ao microondas. “Quando a nossa marmita está fechada é inviolável, pois tem de se partir parte da tampa para a conseguir retirar”, conta Sérgio Crivelli.

O conceito foi criado a pensar no período de contenção que atravessam as famílias portuguesas e permite que muitos estudantes e trabalhadores do centro urbano do Porto possam disfrutar de uma comida saudável e económica feita na hora. “Notei que a maior parte das pessoas optam por fazer refeições rápidas e económicas e não havia grande oferta para além do fast food”, refere o chef italiano.

Uma cozinha aberta ao olhar do público
Entrar no Fast Good é fazer uma pequena viagem a Itália, tanto através do olfacto, como do paladar. Existem quatro mesas de apoio para quem não consiga conter o apetite e uma máquina de café de Itália. A vespa, os rádios antigos e a grafonola vão roubando os olhares da fotografia da ponte real de Veneza que se encontra atrás do balcão. A cozinha deste restaurante é aberta e é tudo produzido sob o olhar do cliente. “Uma cozinha aberta garante todas as condições, como limpeza e confiança naquilo que está a ser preparado. Além disso é interessante observar como é que a nossa comida está a ser confeccionada para ser servida”, sublinha Sérgio.

O italiano Sérgio Crivelli abriu, em 2012, o restaurante Pasta Fresa & Pizza, em Matosinhos, decidido a mostrar aos portugueses a gastronomia italiana. Nesse mesmo ano, ganhou o campeonato do Mundo de Pizzas sem Glúten, em Rimini, Itália e em 2013 recebeu o certificado de “O Spitalitá Italiana”. Segundo Sérgio Crivelli, o seu restaurante é o único no norte de Portugal com menus específicos para celíacos e foi o primeiro no nosso país a ter uma cozinha totalmente separada para confeccionar pizzas, pastas e lasanhas sem glúten.

É no restaurante Pasta Fresa & Pizza que são confeccionadas as massas frescas e as bases das pizzas utilizadas no Fast Good. As primeiras, após uma pré-cozedura, são congeladas em doses individuais. Depois, basta um minuto de fervura para ficarem prontas a servir, em marmitas.

Texto editado por Luís Octávio Costa