Morreu Aimé Césaire, poeta da “negritude”

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Aimé Cesáire fez parte do movimento político e literário a "negritude" Vincent Kessler/Reuters

Ao lado do senegalês Léopold Senghor e Léon-Gontran Damas da Guiana, Césaire participou na corrente da “negritude”, um movimento político e literário criado nos anos 30 para combater o colonialismo e racismo francês. O autor do “Diário de um Regresso ao País Natal” dedicou toda a sua vida à poesia e à política, tendo sido presidente da Câmara de Fort-de-France durante 56 anos (1945-2001) e deputado (1945-1993).

Na comemoração do 94º aniversário de Aimé Césaire em 2007, o presidente francês homenageou o poeta, apelidando-o de “homem de acção”, “portador de uma mensagem de paz, de tolerância e abertura”, numa carta tornada pública pelo Eliseu. Contudo, a relação entre o poeta e Nicolas Sarkozy nem sempre foi pacífica. Em 2005, Aimé Césaire recusou encontrar-se com o então ministro do Interior numa viagem de Sarkozy às Antilhas,que depois viria a ser anulada. Finalmente, em 2006, o poeta recebeu o actual Presidente francês.

Além de poesia, Aimé Césaire tem uma vasta obra publicada nas áreas do teatro, ensaio e história. Em Portugal estão publicadas, entre outras, as obras "Discurso Sobre o Colonialismo" (1978) e "E os Cães Deixaram de Ladrar" (1975).

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